quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Trabalho Sobre Cultura Digital, Cibercultura e Inteligência Coletiva


Tecnologia e educação: algumas considerações sobre o discurso pedagógico contemporâneo

 

Existem duas visões em relação a tecnologia: Uma ela sendo uma ferramenta e outra atribuindo à tecnologia o poder de configurar a cultura e a sociedade. Tal dinâmica se reflete na apropriação da tecnologia pelo discurso e, consequentemente, pelas práticas pedagógicas.

O computador como recurso didático-pedagógico

Nesta categoria, o computador é tomado como um recurso pedagógico que pode melhorar a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, o aluno é visto como construtor de conhecimento e o professor como mediador entre o aluno, o computador e o saber.

Autores que são usados para defender esta ideia: Pierre Lévy, Paulo Freire, Jean Piaget, José Manuel Costas Moran e José Armando Valente.

O computador como recurso político-pedagógico

Os textos analisados abordam, também, a ligação do uso do computador na educação com aspectos que transcendem o contexto escolar, tais como inclusão, consumismo, manipulação,etc.

Autores que são usados para defender esta ideia: Pierre Lévy, Michel Foucault, Maria Luiza Belloni, Raquel Goulart Barreto, Paulo Freire e Nelson De Luca Pret o.

Como pode ser observado, os discursos sobre os usos do computador na educação possuem em comum a preocupação com as mudanças do mundo atual em função da presença das tecnologias. A partir deste ponto de convergência, pode-se identificar abordagens distintas. No presente artigo, buscou-se apresentar duas destas abordagens.

Certamente, a reflexão aqui proposta não pretende direcionar a discussão do tema no sentido de adotar uma das abordagens identificadas e rejeitar a outra. Cada uma delas expressa ideias que contribuem de forma complementar para a compreensão das relações entre as tecnologias e a educação. Pretende-se, na verdade, evitar: a) tanto a tendência a realizar a fetichização das TIC, tratadas como um mero recurso no processo de ensino e aprendizagem, b) quanto a defesa de seu poder redentor de modernizar a educação (Loureiro & Fonte, 2003).

As tecnologias são construtos sociais, ou seja, não podem ser vistas apenas como o fruto lógico de um esquema de desenvolvimento do progresso técnico. Elas são resultantes de orientações estratégicas, de escolhas deliberadas, num determinado momento dado da história e em contextos particulares.

Contamos com o enfrentamento desta complexidade teórica e prática para superar as explicações simplistas, o julgamento das práticas ou a imposição de normas para professores e alunos que vivem num mundo povoado pelas tecnologias.

Texto Original: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302012000100016&script=sci_arttext


Agora um vídeo sobre Cultura Digital, Cibercultura e Inteligência Coletiva produzido por mim.

https://www.youtube.com/watch?v=6LqGZg-iXxs


Materiais de referência

http://culturadigital.br/conceito-de-cultura-digital/
http://www.scielo.br/pdf/pci/v18n4/10.pdf
http://www.cultura.gov.br/cultura-digital
http://www.mundoeducacao.com/informatica/inteligencia-coletiva.htm
http://www.scielo.br/pdf/pci/v18n4/10.pdf
"Inteligência Coletiva" por Alexandre de Moura Paz - Obra do próprio. Licenciado sob CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Intelig%C3%AAncia_Coletiva.jpg#/media/File:Intelig%C3%AAncia_Coletiva.jpg